reassisti esses dias a 1a temporada de boneca russa, no netflix, pra me preparar pra 2a (que estreou hoje) e decidi aproveitar o embalo e tentar assistir tudo que a natasha lyonne já fez - ideia que eu devia ter tido na 5a vez que assisti orange is the new black do começo ao fim.⠀
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iniciei a jornada com o filme but i'm a cheerleader, de 1999, uma comédia absurdamente e deliciosamente camp, em que natasha interpreta megan, uma adolescente que é colocada numa rehab pra deixar de ser lésbica.⠀
é na true directions, a clínica de reabilitação que transforma adolescentes gays em heterossexuais, que megan vai reaprender os códigos e papéis de gênero que esqueceu, como limpar a casa, cuidar de bebês, preparar um jantar para o marido e estar sempre com boa aparência. os meninos, por sua vez, aprendem a cortar lenha e consertar carros.⠀
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o irônico é que esse é o lugar mais gay do mundo. toda trabalhada no aparato imagético de gênero - os quartos, as aulas e as tarefas são divididas em meninos e meninas, e o uniforme e a decoração são, respectivamente, azul e rosa pra cada grupo - a casa acaba virando um lugar onde esses jovens conseguem conversar com pessoas vivendo as mesmas coisas que eles, trocar experiências (de todo tipo) e criar forças pra lidar com a reabilitação juntos (tudo numa vibe john waters meets dario argento feat tim burton - completamente non-sense).⠀
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o ponto alto do filme é rupaul, que faz papel de um dos instrutores da casa - um gay recuperado, ou ex-gay como ele diz, que se curou em sua temporada na true directions quando adolescente. e julie delpy fazendo uma pontinha: eu BERREI!!!!!! que primor, chef's kiss. o mundo queer vibra.⠀
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but i'm a cheerleader é uma ótima pedida pra quem tá procurando um filminho fora do circuito dos streamings pra se divertir! (boneca russa, no netflix, também é uma boa pedida pra quem tá com preguiça de baixar torrent - qualquer coisa com a natasha lyonne na verdade, aproveita pra ver orange is the new black caso tenha perdido essa onda)