melody erlea
de cumpádi washington a marilyn monroe em uma estampa!

cês sabem que eu passo tempo demais ouvindo nick cave sozinha na sala do meu apartamento pra saber das 9dades relevantes dessa rede, então quem cantou a bola do @compadrewashington blogueirinho mandando um luquinho piscodélico na praia foi um amigo, e, gente, dá pra lidar com esse CLASH DE CULTURAS em uma única celebridade brasuca?⠀
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não é a toa que o é o tchan rodou o globo fazendo axé, hein. esse é a mistura do brasil com a itália dos anos 60 e eu nem acredito que vivi pra testemunhar essa tendência de verão.⠀

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ou me diz que essa blusinha do nosso compadre não parece e muito com as estampas do emilio pucci lá dos anos 60, com sua vibe caleidoscópica e colorida?⠀
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foi no fim dos anos 50 que pucci começou a investir na criação dessas estampas originais, fluidas, psicodélicas, completamente opostas à tendência de até então: o new look todo engessado do dior, com cintura marcada, saia rodada, cores e estampas delicadas...⠀
a estética de pucci parece que veio liberar as mulheres juntinho com toda a revolução política e sexual dos anos 60. ele dizia se inspirar nos vidros de murano, nas estampas das regiões africanas e de bali e em formas e cores da natureza, mas me parece bem curioso que a fluidez das formas e das cores em suas estampas condizam com o auge das viagens de LSD da década mais lOuCa do século XX. não tô dizendo que ele era doidão nem nada... só acho assim uma coincidência.⠀
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quem amava usar pucci - precisamente pra se desvencilhar do estereótipo sex symbol dos anos 50 - era marylin monroe. pra ela, as estampas e designs de emilio a ajudavam a ser mais do que a "loira burra" que esperavam dela e mostravam que ela tinha personalidade, era independente, inteligente e dona de suas escolhas. dizem, inclusive, que ela foi enterrada usando seu pucci preferido, um vestido verde de mangas longas.⠀
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agora quantas novas histórias e significados essa estampa não terá depois de ralar o tchan? ZIZUIS DO CÉU! SOS!