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  • Foto do escritormelody erlea

de volta às origens


acabei me perdendo um pouco na correria desse ano e deixei de prestar atenção aos meus gastos. quem acompanha o blog desde o começo sabe que isso começou como um exercício de minimalismo e revisão dos meus hábitos de consumo. fiquei um ano sem comprar supérfluos em 2017 e ano passado revisei minha lista de necessidades, supérfluos e amores nos quais eu podia investir e segui minha linha de consumir a menor quantidade de besteira possível.


esse ano eu me deixei levar um pouco pelas falsas simetrias das finanças - ainda mais eu, tão propensa a inventar simetrias inexistentes. sigo sem comprar roupa em fast fashion, shopping, varejo e similares, mas perdi a mãop nas compras em brechó. perdi a mão mesmo, no nível que misturado com as roupas que garimpo no bazar de trocas tinha coisa que eu nem lembrava que tava aqui. eu, a blogueira que em 2017 tava se gabando de ter 75 peças de roupa e um plano pra chegar a 50.


a loka, convenhamos, mas eu também não precisava ter saído do minimalismo total ao programa acumuladores, né?


somado a essas compras sustentáveis, pela perspectiva da criação de demanda, do reutilizar o que já tá aí circulando no mundo, reaproveitamento, investir em comércios locais e familiares.... tudo lindo. mas e a perspectiva mais importante, a minha? não porque o eu seja mais valioso que a comunidade mas porque mudança real mesmo só acontece quando a motivação pessoal é real, relevante, impulsiona ação.


acho que o primeiro passo pra uma vida um pouquinho mais sustentável não é comprar de certas marcas, ou de brechó, ou usar canudo de metal. mas, sim, reavaliar necessidades pessoais e consumir menos. o menos possível de quinquilharia, de coisa que a gente acha que precisa mas na verdade é só um impulso consumista alimentado pela mídia, de mais roupa, de mais tudo.


eu tô é até angustiada com a quantidade de roupa no meu armário e a grana que eu gastei ultimamente. e olha que eu faço listinha do que vou poder comprar ou não, hein. imagina se não fizesse.


a real é que eu preciso voltar a exercitar um pensamento que eu tinha muito no primeiro ano do blog, que é o carinho pelo meu dinheiro. ele me custa tempo, trabalho, esforço mental e físico e precisa ser - e é - o suficiente. se eu tô sentindo que tô gastando demais o problema não é meu dinheiro e sim a maneira como tô consumindo.


em 2017 quando fiz minha primeira lista de compras aprovadas e proibidas, na lista das aprovadas tava renovar minha habilitação. foi um ano ruim de grana, mesmo, com um aluguel alto e pouquíssimas horas de aula por semana (super propício pra poder me dedicar de verdade a um blog e instagram mas pouco propício pra, bom, pagar contas), a conta não fechou e terminei o ano sem cumprir essa obrigação. em 2018 tava na minha lista de compras aprovadas novamente, mas eu deixei passar. esse ano, finalmente, renovei a habilitação. sou uma motorista legal novamente e mais importante risquei uma coisa que tava na minha lista de compras necessárias há 2 anos.



porra, que alívio. muito melhor que comprar roupa, mesmo que de brechó, mesmo que vintage, mesmo que um achado maravilhoso socorr preciso (tô cheia desses achados no armário e com a conta vazia, não tá me parecendo muito vantajoso).


então decidi rever esse compromisso que fiz comigo mesma, checar minhas listas de compras e ver se elas ainda estão em sintonia com minhas necessidades e desejos (e também checar se tô seguindo minhas próprias orientações ou se trapaceei).


se liga

renovei a habilitação.

percebo que perdi a mão dos meus gastos fixos - chegou uma conta de cartão de crédito (que, vido eu dizendo, "eu mal uso" e eu quase caí pra trás). anotei no meu caderno todos os gastos que eu acredito ter mensalmente pra ver se a conta tá batendo. baixei um app pro celular que organiza os gastos porque quero realmente entender quanto tô gastando, o que vou cortar e como voltar a economizar.

não comprei calcinhas absorventes nem brinquedo pra matilda, mas larguei a mão nos vinis, comprei pra mim, pro crush de presente, foi todo um festival do disco empoeirado em sebo. cabô a festa, vou banir os vinis D:

comprei 2 ebooks, não me arrependo, e gastei uma grana boa em show (me arrependo só de leve, e só agora que tá doendo essa grana toda que foi embora dos meus bolsos, mas em breve passa. experiências são melhores do que acumular roupa, só que eu tô fazendo os dois, esse é o problema)

não comprei artes nem trabalhos de amigos, não renovei passaporte, e comprei não um mas DOIS delineadores, e disso eu me arrependo. um só tava ótimo, até porque o outro foi de uma marca que eu não conhecia, caro, fresco, e eu nem curti tanto.

achados em brechó vai ter que ir pra lista de proibições OU eu estipulo um limite de orçamento pra isso. até o fim do ano tô banida de brechós, aí decido pro ano que vem como continuar.

posts patrocinados seguem acontecendo de vez em quando, e são gostos que não me incomodo. mantenho os valores baixo e seleciono muito bem que posts impulsionar, tá tudo sob controle.

mandei mal: comprei batom, perdi o batom na balada, comprei outro, achei o batom perdido no carro. comprei um delineador a mais do que eu precisava, um rímel e um gelzinho de sobrancelha. me arrependo do batom extra (fruto de mal cuidado com meus próprios pertences, que coisa feia) e do delineador desnecessário, como já pontuado anteriormente.

comprei um baita dum abajur num sebo (segue ibagens):

ele ainda precisa de uma cúpula, que pretendo comprar usada (ou se alguém tiver uma sobrando e quiser mandar pra cá aceito)

coisas da daiso e de papelaria se pá eu posso tirar de todas as listas, eu não curto mais nada disso e tenho zzero atração por bugiganga de plástico colorido, pelamor. não comprei livros físicos nem coisas de cozinha, mas comprei roupa bagarai (em brechó, mas não é desculpa) e sapatos (em minha defesa tava precisando, tô usando os sapatos novos muito, compras acertadas).

tive que assinar uma tv a cabo porque ela vinha junto com a internet mas odeio isso me sinto ludibriada. não comprei porrinhas eletrônicas mas comprei muitos presentes, especialmente pro crush e pra filha dele, preciso parar de demonstrar meu amor com compras? com certeza.

me esbaldei em meias, mas muitas das minhas já tinham chego ao seu limite. graças ao crush encontrei uma barraquinha de meias com defeito por 5 reais cada então renovei o estoque e não me arrependo.

não comprei coisas de ir à praia e fui uma vez ao cinema mas quem pagou foi minha mãe. ou minha irmã. quando eu cheguei lá já havia um ingresso pra mim, é isso.


acho que mantenho tudo na lista de proibições e adiciono a ela roupas de brechó, discos e vinil, shows e tatuagens, pelo menos até o fim do ano. porque tem essa: me enchi de tatuagens e elas são caras e tem que constar nessa matemática toda, né?


e mais importante do que atualizar lista é renovar meu contrato comigo mesma, relembrar das cláusulas e atualizá-las pra que eu aprenda, mais uma vez, a ficar confortável com meu próprio dinheiro.


(aliás tem todas as breja tambem, né, mas tudo isso que eu esqueço o aplicativo vai me ajudar a mapear e controlar os gastos. espero voltar em breve com boas impressões e mais dinheiro na conta)

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