eu tenho um rolê com kimonos e robes desde que eles estouraram como tendência uns anos atrás. comprei alguns de fast fashion, quando eu ainda comprava em loja de departamento, que hoje não possuo mais porque em sua maioria eram mal-cortados, de tecido de pouca qualidade e estampas muito provavelmente mal copiadas de algum outro lugar.
foi por volta de 2013/2014 que eu fui ao festival do japão - um desses galpões gigantes cheio de barracas com coisas japonesas diversas, um palco com apresentações constantes de peças, lutas e danças típicas e uma praça de alimentação só de comidas japonesas diversas. tipo ir à liberdade, só que num espaço fechado. foi nesse lugar que comprei dois kimonos de design mais ou menos típico japonês, estampados, de polyester, pelos quais me apaixonei.
um deles durou o suficiente pra apercer por aqui nos primeiros anos de repete roupa, e eu o amei muito até o advento de um péssimo corte de cabelo que arruinou minha auto-estima. o que o cabelo tem a ver com o kimono, coitado? nada, mas ele foi uma das infelizes roupas que me vestiu naquele período, e como eu odiava olhar as fotos dos meus looks com aquele cabelo, acabei pouco a pouco me livrando de todas elas.
a maioria eram resquícios de fast fashion de antes de eu mudar meus hábitos de consumo e não me fizeram falta, mas o kimono foi um baita dum arrependimento. o que eu mais gostava nele era que ele tinha cores não muito comuns pra roupas de inspiração japonesa, e me lembrava demais o kimono azul que carrie bradshaw usa em alguns episódios de sex and the city. pensei em fazer a nasty gal e ir atrás e comprar de volta, mas era impossível: desapeguei num bazar de trocas e ele nunca mais seria rastreado.
desde então procuro um substituto à altura, até que encontrei essa belezura no enjoei:
de algodão, feito no japão, um item original e autêntico! pena que foi em plena quarentena e eu ainda não pude desfilá-lo pelas ruas desse brasilzão, mas nada impede da gente tirar umas fotos. e, já que estamos em casa, por que não aproveitar a oportunidade pra mostrar quão bem kimonos e robes funcionam na rua e, também, em casa.
eu sou a típica pessoa que só usa camiseta em casa, quando muito um shorts ou uma calça bem confortável, mas devo admitir que o kimono traz uma camada extra de conforto e enriquece o visu, mesmo pra trabalhar de casa.
uma das maiores belezas de kimonos é quão versáteis eles são: esse vermelho é um robe vintage com um caimento escorregadio e sedoso que eu amo, mas que pode ficar com cara de pijama. tentei dar uma mudada nessa impressão combinando com essa calça pata de elefante e amarrando pra encurtar e deixar mais modernoso. ficou uma pegada anos 70 que eu amei.
pra isso dar certo, seu kimono tem que ser de um tecido bem maleável, pra disfarçar o volume de tecido que fica amarrado.
na versão casa, coloquei por cima de uma manga comprida confortável e adicionei meias divertidas porque meus pés merecem ser felizes!
esse aqui tá mais pruma saída de banho do que um kimono. não é vintage, comprei na líquido há muito anos e amo que a estampa parece, de leve, uma pintura do monet. é florido mas ao mesmo tempo não é, tipo o kimono de shrordinger.
meu processo pro look de sair e de ficar em casa foi mais ou menos o mesmo: pra sair vestidinho slip preto, pra ficar em casa troquei o vestido por uma camiseta e as botas de plataforma por meias divertidas. meias e kimonos, chego à conclusão, são todos os elementos que você precisa pra deixar seu look-casa mais interessante.
a consultora de estilo dani gomide tá nessa onda comigo mostrando duas versões de visu com o mesmo kimono também, e falando sobre a importância do conforto. em breve vamos falar mais sobre conforto e a relação disso com o jeito que a gente se veste e vive, mas por enquanto ficam essas inspirações pra tirar o kimono do armário!
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